Eu e meu pai trabalhávamos na roça, o Afonso e o Ernesto ficavam na venda, e o Otávio cuidava da tropa de burros, das montarias, arreios, cabrestos, de tudo. Agora para caçar animal e amansar era eu mais o Otávio junto.
Um dia o Otávio disse: Eu vou com a tropa buscar café, mas você, Anselmo, vai também.
Então eu também passei a buscar o café, até mesmo no dia em que minha mulher Olga estava para ter o menino.
Eu queria ficar com a Olga, então quando estava dentro de casa ainda, disse:
Otávio, vamos fazer o seguinte, sou eu que tenho que ir com a tropa, mas agora vai você porque eu vou buscar a parteira para a Olga.
Mas ele: Eeeeu !! Eu não, vai você.
Meu pai escutou a discussão e decidiu: Mas minha nossa, o que é isto? Anselmo e Otávio, vão os dois juntos buscar o café no colono, que eu vou buscar a parteira e trago aqui.
Eu não gostei nada, ainda insisti. A parteira era a velha Clarice e morava do outro lado do rio. Então eu disse: Pai, é melhor eu ir porque tem que ter cuidado com a ponte, está escorregando muito por cima!
Mas não adiantou, vi que não tinha jeito mesmo: Então tá bom Pai.
Fui eu e Otávio com a tropa e só chegamos bem tarde... e a minha mulher já tinha dado a luz. E não era um só, eram dois meninos!
Dário e Dório no batizado